Entenda o valor do inventário florestal para o Mogno Africano e como esse estudo pode proporcionar ótimos resultados para o produto final

O inventário florestal é uma atividade indispensável quando falamos do cultivo de florestas de Mogno Africano. O estudo é essencial, pois apresenta dados importantes para tomadas de decisão durante o desenvolvimento da lavoura.

Neste artigo serão apresentados tipos de inventário e qual o momento ideal para realizá-los. Também como fazer a coleta de medidas para a elaboração do inventário florestal do seu plantio de Mogno Africano utilizando um protocolo simplificado.

Por que fazer um inventário florestal para o Mogno Africano?

O inventário florestal é um dos principais estudos que colaboram para acompanhar o desenvolvimento florestal, utilizando a base de dados para tomadas de decisão.

É possível obter muitas informações deste documento como qual o estoque de madeira e de carbono, por exemplo. Além de calcular o rendimento do plantio, serve para planejar a forma de colheita, maquinários necessários, quantidade de pessoas para o trabalho, processamento da madeira, entre outros tipos de ações.

O estudo faz a mensuração do plantio e colhe dados conforme o objetivo do produto final da floresta. Se o objetivo é produzir madeira para serraria, o inventário levantará os resultados que são necessários para este destino. Com esses dados é possível estimar o crescimento das árvores, quando cortá-las e quando entrar com tratamento silvicultural. Já em florestas nativas o inventário tem o objetivo de observar o comportamento da floresta e o percentual de regeneração.

 

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Quando realizar um inventário?

É comum o questionamento de quando se deve começar a fazer o inventário florestal em florestas nobres para a serraria. O recomendado é que seja realizado com uma certa frequência. O inventário primário é chamado de sobrevivência pois precisa ser feito nos primeiros anos da implantação onde será contabilizada a quantidade de mudas que sobreviveram, conferência das falhas e correções.

A partir disso, o inventário contínuo deve ser realizado todos os anos. Esse levantamento é composto pela taxa de crescimento de um ano para o outro, pelo controle da taxa de mortalidade e pelo diagnóstico atual da floresta. Caso exista algum erro no combate de pragas ou de ervas daninhas, o inventário identificará.

No início, esse inventário é muito qualitativo, identificando perdas, necessidade de reposição de mudas, monitoramento das pragas, bem como o momento ideal para combatê-las.

Outro inventário utilizado nos plantios de florestas nobres para serraria é o inventário pré-corte. Esse inventário tem um foco maior no aspecto quantitativo, com o objetivo de levantar o quanto de estoque biológico tem na floresta.

O inventário pré-corte tem um rigor maior e leva em consideração a alta intensidade amostral, ou seja, o ideal é conter um baixo erro amostral. Quanto maior o erro amostral, maiores são as chances de não estimar corretamente a quantidade de madeiras e gerar prejuízos ao produtor, por isso o inventário pré corte precisa ser intenso e com uma estimativa mais próxima da realidade possível.
As formas de coletas de dados para inventários florestais

Existem várias formas de coletas de dados para inventários florestais que são escolhidas conforme a fase do plantio e o objetivo que se pretende atingir com o estudo.

É possível mensurar todos os indivíduos da área ou utilizar o método de amostragem. O censo no qual mensuramos todos os indivíduos é um levantamento de 100% da área, ou seja, rigoroso para conhecer todos os indivíduos. Essa atividade é mais utilizada em áreas menores ou em matas nativas e não é viável principalmente em áreas grandes..

Em áreas maiores a metodologia que é mais utilizada é a amostragem. Na área do plantio, podemos separar uma parcela da unidade de produção e dividi-la em grids (grades) amostrais, o que resultará em uma divisão da área total em várias porções menores. Essas porções menores têm o nome de unidades amostrais, que podem ser quadradas, retangulares, circulares ou entre outros formatos.

Na imagem a seguir é possível ver uma unidade amostral em verde claro dentro da área total.

Inventário Florestal de Mogno Africano

Essa delimitação tem o nome de parcela, que é uma unidade amostral dentro do talhão. O talhão corresponde ao nome da área total do plantio.

Dentro dessa parcela, é coletado todos os diâmetros dos indivíduos e algumas alturas. Coleta-se também as informações dos indivíduos dominantes que são as árvores que se destacam em tamanho e diâmetro.

O diâmetro pode ser coletado de forma bem simples usando uma fita métrica. É importante ter o cuidado de mensurar sempre na mesma posição e na altura do peito. Após coletar a circunferência, dividimos o valor por pi e obtém-se o valor do diâmetro da árvore.

A intensidade amostral

A intensidade amostral é a quantidade de parcelas em relação a área total. Essa quantidade influencia diretamente no que chamamos de “erro da amostra”. Quando aumentamos a quantidade de parcelas, o erro é menor, quando diminuímos o erro é maior. Assim, quanto mais repetições temos, melhor a estimativa e a precisão, e menor o erro no inventário.

Essa forma de coleta amostral é utilizada nos monitoramentos de acompanhamento. É importante lembrar que os inventários de monitoramento e acompanhamento não tem o objetivo de estimar o volume total, mas sim saber o desenvolvimento da parcela e da do crescimento da floresta de um ano para o outro.

Para saber exatamente o volume total da floresta é necessário fazer o inventário pré-corte de alta intensidade onde é mensurada uma quantidade maior de parcelas naquela área, para poder atingir o erro mínimo.

Lembrando que um órgão ambiental regulador só autoriza a supressão da área se o erro for menor que 10%, para mais ou para menos.

Passo a passo da coleta de dados para o inventário florestal do Mogno Africano

Como já apresentado, o trabalho do inventário florestal de monitoramento contínuo que é importante para definir a taxa de crescimento, de espessura e também para estimar a idade ideal/ótima de corte dos desbastes.

As medições devem começar pela demarcação das três primeiras árvores da borda do talhão. Esse seria o ponto de acesso que leva até a primeira parcela amostral. Nessas três primeiras árvores da borda do talhão, demarque de forma padrão a árvore na altura de 1,60m, que é um protocolo simplificado utilizado pelo Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) e foi desenvolvido pelo Prof. Dr. Renato da Universidade São João Del Rey.

Essa demarcação das árvores na borda do talhão serve simplesmente para indicar onde será feita a parcela amostral.

Adentre o talhão, no mesmo sentido das árvores demarcadas de forma aleatória escolha uma árvore, que será a “árvore de referência” e marque com um “X” na altura de 1,70m. Essa árvore dentro da parcela levará o nome de “número 1”.

Inventário florestal de Mogno Africano

Depois disso, avance 20 metros na mesma linha da árvore de referência e demarque o segundo vértice da parcela. Em seguida, faça a demarcação no terceiro vértice e no quarto vértice seguindo a mesma distância para fechar um retângulo de aproximadamente 20 x 30.

Como esse plantio do nosso exemplo é de um espaçamento de 3 x 2 metros, dentro dessa parcela teremos 100 covas.
A partir da árvore de referência da parcela, você mede o diâmetro dela e das demais na linha das árvores demarcadas. Em seguida, volte em “zig e zag” medindo as demais árvores.

O próximo passo é medir a altura total das 10 primeiras árvores normais da parcela e as informações de altura total e dap das seis árvores dominantes.

Todas as informações são passadas para a tabela de dados e interpretadas pelo profissional.

Nesse protocolo é indicado coletar uma parcela para cada três hectares, distribuídos de forma aleatória no talhão. Uma área de aproximadamente 600 m², que deve incluir aproximadamente 100 covas, em plantio de 1600 árvores por hectare.

O Inventário florestal para mogno Africano

Neste artigo apresentamos um pouco do que é o inventário florestal e sua importância para o acompanhamento da floresta como principal ponto de partida para tomadas de decisões.

O inventário é o estudo principal que apresentará o desenvolvimento da floresta, sendo imprescindível a realização contínua para o bom resultado do produto final.

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