O cuidado na produção das mudas de Mogno Africano afeta diretamente o desenvolvimento delas quando adultas. Entenda a importância dessa etapa para o investimento!

Quando o assunto é sobre as mudas de Mogno Africano, é comum aparecer algumas dúvidas sobre esse tema. O cultivo da espécie pode proporcionar grandes lucros e esse fato conquista cada vez mais os investidores. Por isso, entender importantes questões florestais — como o processo da produção das mudas e o desenvolvimento do plantio — são fundamentais para quem deseja investir no ramo. No planejamento do projeto de investimento em florestas de Mogno Africano, o processo de produção das mudas é um dos primeiros passos do plano de trabalho. No entanto, existem investidores que desconhecem a importância desta fase e sofrem com muitos danos durante o desenvolvimento da floresta. Pensando nisso, para te ajudar a aprofundar os seus conhecimentos sobre a influência de mudas de qualidade em seu investimento, vamos explicar nesse artigo as principais informações no que se refere às árvores de Mogno Africano.   mudas de mogno africano

O sucesso de uma floresta começa com a produção de mudas

A produção das mudas é uma das etapas mais importantes do plantio, uma vez que os problemas que ocorrem na floresta adulta poderiam ser corrigidos ainda no processo inicial das plantas. Por isso, entenda a seguir como é realizado o sistema de criação das mudas de Mogno Africano, além da época ideal para o plantio e a quantidade que pode ser plantada por hectare.

A produção das mudas de Mogno Africano

As mudas de Mogno Africano carecem de qualidade, tanto para o seu desenvolvimento, quanto para rentabilizar à quem estiver investindo. O primeiro passo para propiciar o ótimo cultivo da espécie é possuir sementes de boa procedência, de preferência as que são sadias e livres de predação ou doenças. Posteriormente, a germinação dessa espécie nobre deve ser realizada em viveiros com corredores e recipientes limpos, visto que este ato previne que o crescimento da planta não tenha a presença de pragas ou de ervas daninhas. Para alcançar um produto final de ótima aptidão, as mudas precisam obter o substrato necessário para se desenvolverem e para que suas raízes cresçam sem enovelamentos. Além disso, o processo de rustificação carece de ser realizado com periodicidade, para fortalecer a muda e para beneficiar a sua adaptação com o campo. É importante analisar a aparência e a estrutura da muda — como o caule, os ramos, as cores e as folhas — para ser considerada bonita e com qualidade. Esse procedimento modifica o sombreamento e a irrigação das mudas de Mogno Africano, submetendo as plantas às situações que elas irão vivenciar no campo. A etapa de habituação requer que seja efetuada em, no mínimo, 30 dias antes de serem movidas à área do plantio. Isso influencia que as mudas tenham uma maior qualidade e apresentem um ótimo desenvolvimento nas circunstâncias do terreno. mudas de mogno africanoO ideal é que o sistema radicular seja formado em um tubete plástico no formato cônico que auxilia no não enovelamento das raízes. Para ir a campo, a muda precisa ter em média de 20 a 30 cm de altura e a seleção para o campo precisa ocorrer ainda no viveiro. Outra preocupação sobre as mudas de Mogno Africano é o deslocamento até o local do plantio. O recomendado é realizar o transporte com caminhões climatizados, isso porque diminui o estresse que o trajeto pode provocar para a muda e contribui na sua adaptação no solo. Além de ter cautela para não lesionar ou quebrar a planta no decorrer do percurso. Clique aqui para saber mais detalhes sobre os critérios e características para se obter mudas para reflorestamento com qualidade.

A época ideal para plantar

Assim como outras espécies de árvores, as mudas de Mogno Africano precisam ser planejadas e o período para executar a plantação é um dos quesitos para se prestar atenção. É possível realizar o plantio dessa madeira nobre em vários momentos do ano, mas o período mais adequado é aquele que traz a maior taxa anual de chuvas. O motivo é devido à muda estar com baixa estatura e não possuir raízes longas para obter nutrientes na terra, fazendo com que a planta necessite frequentemente de água. O pegamento, período em que a muda está se enraizando na terra, é uma das principais etapas para conquistar um plantio com ótimo resultado. A água da chuva irá contribuir diretamente para o fluxo dos minerais existentes no solo e, também, para o desenvolvimento da planta, uma vez que as suas células crescem e se multiplicam se estiverem nas condições adequadas. Desse modo, o aumento das células da muda coincide com o seu ágil crescimento, as suas folhas verdes e os seus caules grossos. No entanto, a ausência de água ocasiona na redução das células, isto é, resulta em plantas fracas, pequenas e caídas. Normalmente, a época de alta pluviometria em Pompéu (MG) é entre os meses de setembro e janeiro, mas pode se diversificar conforme a região do Brasil em que será realizado o plantio. Entenda mais sobre a melhor época para plantar as mudas de Mogno Africano clicando aqui.

Quantas mudas de Mogno Africano por hectare?

Para desempenhar um reflorestamento comercial é preciso determinar quantas mudas por hectare utilizar. O espaçamento recomendado em plantios puros do Mogno Africano destinados à produção de madeira para serraria é aquele que apresenta a melhor relação custo benefício para o empreendimento florestal. Atualmente, no Polo Florestal do IBF, o espaçamento utilizado é de 4 x 3, ou seja, 833 indivíduos por hectare.  

A percepção de volume de madeira na colheita não se altera quando comparada aos espaçamentos de 3 x 2 ou 3,5 x 1,7 ou 2,5 x 3,5 metros, devido a preservação do mesmo número de indivíduos nos desbastes finais.

Mudas de Mogno AfricanoEsses espaçamentos são vistos como sistemas puros e apresentam uma ótima eficácia de custos para a produção de madeira para serraria. Isso devido ao crescimento da qualidade das mudas e o beneficiamento do manejo mecanizado entre as árvores. No Polo Florestal do IBF, por exemplo, foram plantadas mudas de Mogno Africano com o espaçamento recomendado acima. Os efeitos desse plantio prevê a extração de:

  • 33% da área basal entre o 3º e 4° ano;
  • 43% da área basal entre o 8° e 10º ano;
  • 46% da área basal entre o 13° e 15º ano;
  • Desbaste raso a partir dos 17 anos.

Destaca-se que cada metro cúbico pode render uma alta lucratividade que pode alcançar a média de 600 euros. Por isso que o espaçamento correto é indispensável para conseguir ter um bom desempenho e ótimo aproveitamento da madeira. É importante ressaltar que, em companhia com o espaçamento apresentado, os desbastes devem ser realizados junto à época correta para que as árvores dominantes adquiram mais espaço e ganhem nutrientes para terem uma boa evolução. Quer saber mais sobre quantas mudas de Mogno Africano plantar por hectare? Clique aqui e veja um artigo completo sobre o assunto.

Viveiro de Mudas de Mogno Africano em Pompéu

Pompéu ganhou um novo berçário para as mudas de Mogno Africano. O mais novo viveiro do Polo Florestal encontra-se em uma área de 20 mil m² e está localizado na região central da cidade mineira. A estrutura está em fase de implementação e irá atender todos os plantios do projeto do IBF. Além disso, o novo viveiro irá possuir a orientação de profissionais especializados para ajudar no crescimento vigoroso das mudas e facilitará o deslocamento seguro das plantas até o Polo Florestal. O destaque da obra é a implementação de recursos sustentáveis e o aproveitamento de recursos hídricos. Isto é, o novo viveiro recolherá e reutilizará águas da chuva e de irrigação em virtude dos índices pluviométricos da região, quantidade que se aproxima em mil milímetros por ano. No total, serão 20 milhões de litros aproveitados através do sistema de drenagem. Saiba mais sobre o novo viveiro do Polo Florestal no vídeo a seguir. Nele, Solano Aquino apresenta a estrutura e explica sobre como funcionará a produção das mudas de Mogno Africano no local.

SAIBA MAIS SOBRE O POLO FLORESTAL