Pretende iniciar seu investimento em madeira nobre? Veja os principais pontos ao fazer a aquisição de terra para Mogno Africano

Para iniciar o seu investimento em reflorestamento comercial, o preço de aquisição da terra para cultivo do Mogno Africano (Khaya grandifoliola) é uma das chaves para o sucesso. Esse ponto impactará de várias formas na floresta, desde a implantação até o escoamento da madeira. Logo, superadas as partes técnicas, como o clima e solo, outra questão essencial a ser levada em consideração é o fator logístico.

Aspectos do Mercado: a logística da aquisição de terra

Suponhamos que você encontrou uma terra com todos os requisitos no que tange a aptidão técnica para plantar o Mogno Africano. Porém, é uma área extremamente afastada de um ponto de consumo ou de um ponto de escoamento como um porto marítimo, por exemplo. Isso irá impactar tanto no custo logístico, quanto no custo de implantação do projeto para se fazer a aquisição dos insumos e contratação de mão de obra.

O custo logístico é um ponto tão importante, que o valor da propriedade pode chegar a ser 10 vezes maior dependendo da região. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), o custo para transportar as madeiras oriundas de uma floresta de 1 hectare da região Norte do país para a região sudeste varia de R$70.000 a R$90.000 reais, comparado ao deslocamento de um lote de madeira de mesma quantia produzida no norte de Minas Gerais por aproximadamente R$13.000.

O impacto é ainda maior na logística, se o objetivo do projeto for comercializar madeira em tora, a qual carrega água e resíduos antes de fazer o processamento, deixando o material mais pesado. Já se fosse processada, daria para customizar o processo de transporte. Entretanto, para processar a madeira seria necessário ter uma unidade de processamento próxima ao plantio.

Aptidão da Área

Uma região de referência para os plantios de Mogno Africano do Instituto Brasileiro de Florestas é o estado de Minas Gerais, mais precisamente na cidade de Pompéu, onde foi consolidado o projeto do Polo Florestal com mais de 40 mil hectares de floresta, congregando centenas de silvicultores e empresas florestais. Pompéu é um local vantajoso por algumas características, vejamos elas a seguir.

1º Recorde nacional de produtividade

Um sexto de Pompéu é coberto por florestas, ou seja, é um local onde tem uma boa cultura florestal com unidade de processamento, colheita e a logística já é formada para facilitar a implantação e o escoamento das madeiras.

2º Clima

Em relação ao clima, o município é caracterizado por um clima quente, com índice pluviométrico anual de 1.390 mm e marcado por uma estação seca. Condição ideal para o Mogno Africano.

3º Solo e relevo

Sobre os solos, eles possuem alta qualidade física (latossolo vermelho amarelo misto e profundo, acima de 20% de argila) e química associado ao relevo plano que permite alto grau de mecanização do plantio a colheita [saiba mais sobre no artigo sobre Nível de Manejo.

4º Preço para aquisição da terra para Mogno Africano

Devido à grande área do município (255 mil ha), há ainda oferta de áreas de pastagem com aptidão para silvicultura. Esse fator do preço da terra é extremamente relevante, pois é incorporado como um ativo do seu investimento uma vez que a terra também é valorizada ao longo dos anos. Porém, a floresta se valoriza muito mais, em virtude de ser um ativo biológico, crescendo e se desenvolvendo constantemente.

Em média, o ativo biológico desse projeto, pode chegar a valorizar 20% ou 25% ao ano, já o ativo terra chega até uns 12% ao ano. Por isso, dentro do projeto, se somar o investimento da terra, mais implantação e manutenção, a propriedade estará pesando negativamente quando for comparar a taxa interna de retorno. Logo, se fizer a aquisição de uma área que já está supervalorizada, ela se valorizará menos ao longo dos anos e o retorno será ainda menor.

Por esse motivo, o recomendável é adquirir terras onde a pressão agrícola ainda não chegou. Assim, o valor ainda é menor e com mais chances de ter uma valorização maior com o passar dos anos.

Em Pompéu, por exemplo, em áreas menores ou medianas, o hectare tem um preço médio de R$20.000,00 a R$30.000,00. Esse valor tende a aumentar com uma maior especulação da região. Mas se você comprar uma terra já custando R$150.000,00, a velocidade de valorização será bem menor. Portanto, você precisa avaliar o valor do hectare e a velocidade de valorização que a terra ainda terá.

5º Infraestrutura

Às vezes, uma área pode ser boa tecnicamente em questão de solo e clima, mas não tem uma infraestrutura boa para suportar seu plantio, como estar próxima a empresas de base florestal, torres de observação contra incêndio e brigadas de incêndio em consórcio com várias outras organizações.

Se o local não possui esse tipo de infraestrutura, você precisará desenvolver e e desembolsar para implementar uma base como esta . Sendo assim, desbravar um lugar do zero é arriscado. A cidade de Pompéu que estamos usando como exemplo, possui ampla infraestrutura para cultivo do Mogno Africano e escoamento da madeira a 100 km do terminal ferroviário interligado ao porto de Vitória/ES.

 6º Oferta de serviços florestais

Pompéu também possui grande oferta de serviços de reflorestamento e colheita mecanizada. Bem como profissionais especializados (silvicultura, engenharia agronômica e mecânica). Mesmo se você for vender a madeira em pé, quem for comprar precisará extraí-la e necessitará de infraestrutura oferecida para fazer essa remoção.

Assim, se sua floresta está em uma cidade com toda a infraestrutura necessária, a sua madeira valorizará ainda mais.

7º Poder de oferta

O Polo Florestal de Pompéu prevê ao mercado madeireiro, grande volume e regularidade de fornecimento. A oferta em conjunto de madeira produzida permite ao silvicultor alcançar melhores preços nos mercados mais exigentes. A produção prevista de madeira nobre no Polo Florestal é de 55 mil metros cúbicos ao ano em 2036, atendendo à demanda de madeiras nobres no mercado interno e externo.

A aquisição da terra para Mogno Africano

Ao fazer uma aquisição de terra para cultivar florestas de Mogno Africano é crucial ter uma visão holística e estratégica. Afinal, não basta ter uma área que seja tecnicamente boa com solo e clima apropriados, sem analisar os fatores que envolvem logística, incluindo se há local de fácil acesso para compra de insumos e disponibilidade de mão de obra especializada na região para execução do plantio.

Além disso, outro ponto importante, é consultar se a área abrange uma região de polo florestal, para facilitar a negociação com compradores para a madeira. Conheça mais sobre o projeto do Polo Florestal de Minas Gerais e invista no lugar certo!

Simule seu investimento e veja como é fácil ser um produtor de madeira nobre de mogno africano sem preocupações!

 

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