Descubra curiosidades que é preciso conhecer antes de plantar Mogno Africano, desde a parte documental até a operacional

Um bom planejamento de ações viabiliza uma madeira de qualidade em seu corte final e ajuda para que as questões administrativas estejam regulares perante os órgãos ambientais fiscalizadores. Dentre as etapas práticas e administrativas de plantar Mogno Africano, listamos as sete principais:

  1. Avaliação da aptidão florestal do local de plantio;
  2. Demarcação da área;
  3. Autorização para supressão da vegetação;
  4. Técnica de manejo e conservação do solo;
  5. Abertura de acessos para veículos, maquinários e implementos.
  6. Assistência técnica e operações de campo e documentos administrativos;
  7. Documentos: ARAS, CAR e EIA-RIMA.

1 – Avaliação da aptidão florestal

Antes de iniciar qualquer projeto florestal é importante ficar atento a escolha do local onde será feito o plantio, levando em conta a aptidão física, química e biológica do solo. Muitas vezes o local é propício ao plantio de outras culturas, mas não é adequado para plantar Mogno Africano. Além dos critérios de aptidão apresentados anteriormente é necessário se atentar a localização da área, frisando sempre o bom acesso às rodo-ferrovias e ponto de escoamento da madeira.

2 – Demarcação da área

Após avaliar a aptidão do local escolhido com todo rigor técnico necessário, é iniciada a demarcação da área. Essa demarcação é importante para definir geograficamente, quais locais serão ou não utilizados para o plantio. Leva-se em consideração que na mesma área possa existir um local mais pedregoso, outro mais suscetível ao alagamento e até mesmo uma variação da qualidade do solo.

A partir dessa definição dos limites da área a ser plantada, verifica-se a metodologia para realização do plantio, roçagem, controle de competidores e demais manutenções necessárias no decorrer do projeto.

3 – Autorização para supressão de vegetação

Muitas vezes no local escolhido para o plantio, existirão árvores nativas ou exóticas que deverão ser removidas. Para isso, busca-se uma autorização de supressão conforme o artigo nº 26  do Novo Código Florestal, Lei nº. 12.651/12. A área precisa ter o Cadastro Ambiental Rural – CAR e autorização prévia do órgão estadual competente.

Caso a supressão seja de árvores nativas em extinção, conforme o artigo nº 27 do Novo Código Florestal, é preciso adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.

Para acompanhar todo esse processo, o ideal é contar com a presença de um profissional de engenharia florestal ou ambiental.

4 – Técnica de manejo e conservação do solo

É durante o planejamento em que são definidas quais as técnicas de manejo e de conservação do solo que serão utilizadas.

O objetivo nesta etapa, é proporcionar o alicerce para a planta obter um bom desenvolvimento radicular, expressando todo seu potencial produtivo. Com a realização de uma análise de solo, verificamos a necessidade de realizar calagem, gessagem ou potassagem. O manejo sustentável com foco em técnicas de conservação do solo, permite a rustificação das raízes e muitos outros benefícios biológicos das plantas.

Lembrando que para interpretação da análise de solo é preciso a colaboração de um profissional da área, que fará um estudo  correto dos dados.

O diagnóstico dará um direcionamento de qual o teor existente de calcário na área, podendo definir qual o insumo precisa ser utilizado para chegar a taxa ideal de 60 a 65% de calcário no solo. Assim, com a análise em mãos, é feita a correção com base exata na necessidade do solo.

5  – Abertura dos acessos para veículos, maquinários, implementos e mão de obra

Considerando que para realizar um bom plantio utiliza-se de maquinários e implementos agrícolas, é preciso pensar em como esses equipamentos chegarão ao local do plantio. Existem estradas abertas para acessar a área? Como estão as condições do acesso? Essas são perguntas que devem ser respondidas já no início do projeto e se for o caso, providenciar as aberturas no tamanho necessário.

6 – Assistência técnica e operações de campo e administrativas

Sem dúvidas, uma equipe técnica experiente e qualificada para elaborar o planejamento e acompanhar o ato de plantar Mogno Africano, fará toda a diferença no desenvolvimento de cada etapa. Por exemplo, um engenheiro florestal colaborará com todos os processos técnicos necessários para o bom andamento do projeto. Já para as operações de campo é sempre bom realizar o treinamento da equipe contratada a fim de evitar transtornos futuros.

7 – ARAS, CAR, EIA-RIMA

Documentos como CAR, ARAS e EIA-RIMA são bem típicos quando tratamos de empreendimentos silviculturais e agrários.

O Cadastro Ambiental Rural –  CAR é o registro público eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais. Esse registro está previsto na Lei nº 12.651/2012 e Decreto nº 7830/2012. O objetivo principal é a identificação e a integração das informações ambientais e posses rurais, visando o planejamento, monitoramento e combate ao desmatamento, além da regularização ambiental. O cadastro deve ser feito a nível estadual, porém nos estados que não são disponibilizados o sistema, é necessário fazer junto ao Ministério do Meio Ambiente/IBAMA.

A Análise de Riscos Ambientais e Sociais e o Estudo de Impacto Ambiental – ARAS é solicitada apenas em projetos de maior extensão que podem vir causar grandes impactos ambientais. Para esses casos, é importante a contratação de uma empresa especializada em estudos ambientais e com equipe multidisciplinar composta por engenheiros, biólogos, advogados, geógrafos, arquitetos, entre outros profissionais.

Como plantar Mogno Africano: a implantação da lavoura florestal

Após concluir que o local é realmente uma boa escolha e realizar o planejamento completo com todos os passos listados acima, partimos para as operações práticas de implantação de uma floresta. Neste momento são definidos:

  •         Cronograma de atividades
  •         Cronograma físico-financeiro
  •         Lista de compras iniciais
  •         Aquisição de insumos e equipamentos
  •         Recrutamento de operários

Com o solo corrigido, a equipe recrutada e treinada, os insumos comprados e equipamentos contratados, podemos dar início ao plantio seguindo o cronograma de atividades proposto.

Um dos primeiros passos para plantar Mogno Africano é o uso do hiper florestal, que é capaz de fazer um sulco de um metro de profundidade. Na sequência o sulco é abastecido com adubo e após isso as mudas são plantadas. Todo cuidado e rigor técnico são necessários nesse momento para que cada indivíduo tenha um bom desenvolvimento do sistema radicular, evitando perdas e replantios.

Plantar Mogno Africano

Muitos são os passos para concretizar o ato de plantar Mogno Africano. Neste artigo listamos algumas etapas práticas e administrativas que precisam ser executadas para obter sucesso e evitar imprevistos no projeto. Algumas fases, como a execução de estudos ambientais e análises de solo, contam com o auxílio de profissionais da área. Outras necessitam da experiência técnica de projetos anteriores. A contratação de implementos, compra de insumos, treinamento da equipe também são listadas como prioridades em todo o processo.

Para tanto, o resultado final satisfatório será atingido com maestria se as ações forem minuciosamente planejadas evitando o desperdício de tempo e recursos.

Quer saber mais sobre plantar Mogno Africano? Entre em contato com nossa equipe.

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