Você sabia que existem 5 elementos que colaboram diretamente para o valor final da venda de Mogno Africano? Continue a leitura para descobrir!

Já fizemos uma breve introdução de como funciona o mercado da madeira nobre considerando a dinâmica dos produtores x consumidores. Agora neste artigo, vamos apresentar cinco fatores que determinam a venda do Mogno Africano.

Hoje temos um parecer do preço que a madeira é comercializada, mas quais são as expectativas deste valor no futuro? Tratando-se do investimento em florestas, o ponto principal é conseguir produzir um produto de qualidade com menor custo de implantação e melhor margem de lucro para a venda. Confira os cinco fatores que colaboram diretamente para esta finalidade, além de algumas tendências do mercado da madeira tropical dura.

A venda do Mogno Africano

Para alcançar uma boa venda do Mogno Africano é importante considerar os seguintes pontos no decorrer do projeto: qualidade da madeira, volume a ser comercializado, regularidade de fornecimento, localização do plantio e o mercado para venda.

Venda do Mogno Africano

Fator 1: a qualidade do Mogno Africano

Em relação a qualidade do projeto é importante pensar em todo processo de manejo, serragem e secagem para garantir um produto final de excelência. O mercado da madeira nobre é extremamente exigente e por isso, é importante dispor de uma mão de obra experiente e qualificada na realização das operações.
Durante a implantação é necessário cuidar de cada etapa, desde a seleção das mudas, o preparo do solo e os desbastes no momento correto. Já no momento da serragem e secagem é necessário um cuidado maior para não provocar rachaduras na madeira e inviabilizar a venda por causa dessas imperfeições. A secagem influenciará diretamente no preço que será comercializado.

Fator 2: o volume a ser comercializado

O segundo ponto que precisa ser pensado é em relação ao tamanho do projeto, que influenciará no volume a ser fornecido ao mercado consumidor. Pequenos projetos não chamam a atenção dos grandes compradores, porém, tem potencial para atender o comércio local ou regional. Volumes pequenos de madeiras, tendem a ter o seu preço comprometido, uma vez que o produto é comercializado para atravessadores (agentes de comercialização que atuam como intermediários entre produtores e consumidores) a valores reduzidos.

Fator 3: a regularidade da entrega

A regularidade da entrega das madeiras é o terceiro fator que influencia no preço da madeira. É comum que sejam feitos contratos anuais de fornecimentos do produto. Essa regularidade ajuda nas vendas e para isso é necessário um plantio de grandes proporções. Um polo florestal pode ajudar diretamente neste quesito, uma vez que em conjunto com outros investidores é possível oferecer essa regularidade no fornecimento da madeira. Você conhece nosso Polo Florestal em Pompéu, MG? 

Fator 4: a localização do plantio

A localização da área plantada influencia diretamente no valor do custo da produção da madeira. Antes de definir a compra de um terreno ou iniciar a sua floresta em uma área determinada, é preciso pensar na distância para o escoamento da madeira e a estrutura viária na região.

Na tabela abaixo, comparamos a distância do norte do país para São Paulo em relação a Pompéu/MG e o custo do metro cúbico para esse transporte. Observa-se que o custo do transporte por metro cúbico é muito maior em plantios realizados no norte do país, aumentando relativamente o custo por hectare plantado. Assim, nem sempre terras com preços baixos deve ser fator de decisão para um projeto. Se a terra não estiver em uma boa localização, o valor final do projeto ficará elevado.

O valor praticado de frete é entre 2% a 20% do preço final do produto. Por isso, a logística deve ser bem estudada antes do plantio. Essa diferença pode ser maior ainda quando a madeira é enviada em tora, porque se carrega com os resíduos e água da peça.Localização e valor de logística para Mogno Africano

Fator 5: a escolha do mercado

Por fim, é preciso pensar no mercado que se pretende atender: internacional, nacional, regional ou local. É sabido que a exportação de 20% da produção pode representar de 60% a 70% do faturamento total do projeto. Na tabela a seguir, montamos um comparativo das vantagens e desvantagens de cada mercado.

O mercado internacional possui a vantagem de ter um alto consumo, a um preço maior de venda e com menos impostos sobre o produto. Porém, é um mercado que é mais exigente e necessita de maior investimento para que o lote tenha a qualidade exigida.

O mercado nacional possui uma exigência menor no quesito “qualidade”, porém existe uma despesa maior com impostos. A venda quase sempre é por um preço reduzido, além da logística que depende da estrutura rodoferroviária.

O mercado regional e local é sempre mais facilitado ao falarmos de transporte e adere compras de menor quantidade, não precisando ter um volume elevado de mercadorias. A grande desvantagem é o preço que normalmente é menor em relação ao mercado nacional e internacional.

Opção de Mercado para Mogno Africano

Projeção do Mogno Africano para o futuro

Cada um dos cinco pontos apresentados colabora diretamente para o valor final da venda do Mogno Africano. Porém, além desses pontos, é possível observar as tendências do mercado de Mogno Africano ao longo do tempo.

A realidade é que existe um crescimento do consumo de produtos mais sustentáveis e também do poder aquisitivo da população. Não são todas as pessoas que escolhem realizar investimentos em projetos de longo prazo e também esse tipo de investimento não possui financiamento, necessitando de capital próprio para investimento. Assim a oferta é direcionada para um perfil mais seleto.

De acordo com um relatório divulgado pelo The International Tropical Timber Organization (ITTO), a madeira de Mogno Africano seca ao ar livre que em 2009 era comercializada a 595 euros o m³, passou a ser negociada a 1239 euros o m³ em 2022, apresentando uma valorização de 108,24% no período.

Os valores correspondem a madeira serrada comercializada nas espessuras de FAS 25 a 100mm x 150mm up x 2.4m up.

*Informações obtidas em julho/2022.

Observa-se no gráfico a redução do uso de floresta natural e o aumento das florestas plantadas.

Florestas naturais x florestas plantadas

Segundo o Serviço Florestal Brasileiro – SBF a produção de madeira nativa da Amazônia em áreas preservadas deve baixar 64% nos próximos 20 anos (SFB, 2011).

Ainda segundo o SFB, atualmente o Brasil produz 11 milhões de metros cúbicos e esse número deve cair para 5 milhões até 2030. Já a demanda deve quadruplicar chegando a 21 milhões de metros cúbicos, gerando uma carência de 16 milhões de metros cúbicos de madeira dura tropical.

A atual capacidade reprodutiva pode representar 1% da necessidade futura de madeira. Assim, o grande desafio do setor é implantar novas florestas de alta qualidade todos os anos para suprir essa demanda por madeira tropical dura e para isso é necessário pensar estrategicamente cada ponto apresentado neste artigo: qualidade, volume, regularidade das entregas, localização do plantio e o mercado.

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